quarta-feira, 30 de abril de 2014

GRANDE MANCHA SOLAR EM FORMAÇÃO

Sol: grande mancha chama atenção e pode causar fortes tempestades

Uma nova grande região ativa está em desenvolvimento na superfície visível do Sol e devido às suas características e grande tamanho poderá causar fortes tempestades com possibilidade de ejeções de massa coronal nos próximos dias.
mancha Solar AR 2049
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Batizada de AR 2049, a mancha solar tem cerca de 1 bilhão de quilômetros quadrados e configuração magnética do tipo Beta-Gama, um grupo de manchas bipolares altamente complexo com potencial para provocar fortes flares e ejeções de massa coronal.
Além disso, devido à rotação do Sol, em alguns dias a região 2049 estará voltada em direção à Terra, trazendo risco de ejeção partículas carregadas em direção ao nosso planeta.
Normalmente, regiões ativas de grande tamanho e configuração Beta-Gama acabam por se desenvolver ainda mais, tornando-se mais complexas e apresentando configuração Beta-Gama-Delta. Esse tipo de feição é responsável por fortes flares de raios-x que atingem facilmente a classe M ou X.

Na maior parte das vezes essas emissões são rápidas, mas capazes de provocar panes em sistemas a bordo de satélites ou causar blecautes de radiocomunicação que podem durar horas. Se as ejeções de massa coronal associadas atingem a Terra, podem induzir correntes em linhas de transmissão e causar instabilidades elétricas e até mesmo apagões, especialmente em regiões localizadas em grandes latitudes.
Em 24 de abril de 2014, um poderoso flare solar de classe X1.3 foi observado no limbo oeste da estrela e interrompeu as comunicações em diversas partes da Terra. Naquela ocasião, a explosão solar teve origem na mancha AR 2035, diversas vezes menor que a atual AR 2049.


Artes: No topo, foto mostra a mancha solar AR 2049 registrada pelo Observatório Apolo11 a partir da cidade de São Paulo em 30 de abril de 2014. Na sequência, vídeo feito na mesma data faz um passeio pela superfície solar e mostra a região ativa AR 2049 e outros detalhes presentes na fotosfera. Créditos: Rogério Leite, Apolo11.com.
 

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